Changing attitudes, beliefs and feeling towards food in bulimic patients / Modificação das atitudes, crenças e sentimentos para com os alimentos em pacientes com bulimia nervosa

Eating attitudes are defined as beliefs, thoughts, feelings and behaviors towards food. Bulimia nervosa (BN) is an eating disorder, in which the eating attitudes are seriously disturbed. Studies that evaluated nutritional aspects of BN focus mainly on food intake, dietary restriction and binge eating, while the follow-up studies evaluate mainly clinical symptoms. The objective of this study was to evaluate eating attitudes of patients with BN, during and after cognitive-behavioral intervention. Thirty nine (39) BN female patients received cognitive behavioral treatment with a multidisciplinary team and had eating attitudes assessed by a questionnaire developed for this research. Frequencies of the attitudes assessed were compared at baseline, after 12 weeks and 24 weeks of treatment. After treatment, patients had less distorted beliefs about food, less guilty after eating “forbidden” foods and they felt more tranquil while eating outside home. Other negative behaviors, as dietary restriction, the desire of not eat, being angry when feeling hungry and using the food to relive stress, persisted. Eating attitudes of patients with BN are hard to be changed in a short-term. More attention to this disease’s component and new approaches to treatment are needed in order to have a better recovery.

Atitudes alimentares são definidas como crenças, pensamentos, sentimentos e comportamentos para com os alimentos. Bulimia Nervosa (BN) é um transtorno alimentar no qual as atitudes alimentares estão seriamente perturbadas. Os estudos que avaliam aspectos nutricionais centram sua atenção principalmente na ingestão alimentar, restrição alimentar e compulsão alimentar, e os estudos de seguimento avaliam essencialmente os sintomas clínicos. O objetivo deste estudo foi avaliar as atitudes alimentares de pacientes com BN durante e depois de uma intervenção cognitivo comportamental. Trinta e nove (39) pacientes do sexo feminino receberam tratamento cognitivo comportamental com equipe multidisciplinar e tiveram suas atitudes alimentares avaliadas por um instrumento desenvolvido para esta investigação. A freqüência de diferentes atitudes foi comparada antes, depois de 12 semanas e 24 semanas de tratamento. Depois do tratamento as pacientes apresentaram menos crenças distorcidas sobre alimentação, menos culpa depois de ingerir alimentos “proibidos” e demonstraram mais tranqüilidade para comer fora de casa. Outras atitudes negativas, como restrição alimentar, o desejo de não comer, a raiva de sentir fome e usar o alimento para aliviar questões emocionais persistiram. Conclui-se que as atitudes alimentares de pacientes con BN são difíceis de serem modificadas em curto prazo. Maior atenção a este componente do distúrbio e novas formas de tratamento são necessárias para obter uma recuperação mais completa.